Dados biográficos:
Nascimento: Ville de Noyon, Picardia, França, 10 de julho de
1509;
Falecimento: Genebra (República Genebra) ,27 de maio de
1564, aos 54.
Atividade principal: reformador protestante, teólogo protestante,
escritor.
Calvinus
Gerard Cauvin, notário da Catedral de Notre-Dame de Noyon,
funcionário do tribunal eclesiástico, e Jeanne le Franc, filha de um
estalajadeiro de Cambrai, foram os pais de Jehan Cauvin, ou seja, João Calvino.
Calvino foi uma criança prodígio e com 12 anos adotou a
“Tonsura”, ou a de "prima tonsura", um corte no cabelo que lhe
conferiu o primeiro grau de Ordem no clero, sendo nomeado em 10 de maio de 1521
capelão do altar Notre-Dame-de-la-Gesine a Catedral de Noyon.
Depois foi para o Collège de Montaigu, um dos colégios
constitutivos da Faculdade de Letras da Universidade de Paris, onde, também,
foram alunos Erasmo de Rotterdam, John Knox (fundador da Igreja da Escócia),
Inácio de Loyola (antes de passar para Collège de Sainte-Barbe), e o Almirante
Nicolas Durand de Villegagnon, o nosso Villegagnon, entre outros.
Depois foi para Université d'Orléans (A Universidade de
Orleans) onde, também, estudava Théodore de Bèze, seu sucessor frente a
Academia de Genebra, e líder indiscutível da reforma, por toda a Europa.
A seguir para a Université de Bourges onde estuda com afinco
o Novo Testamento.
Em 1533, Calvino abraça a Reforma Protestante.
Vai para Paris, para Collège de France, ou Collège royal,
onde seu amigo Nicolas Cop, um amigo pessoal de Erasmo de Rotterdam, de Jacques
Lefèvre d'Étaples, de Guillaume Budé, todos adeptos das novas ideias, fora
nomeado reitor.
Nicolas Cop em seu discurso de posse “ apelou para a
necessidade de reforma religiosa e apelou a uma renovação na Igreja Católica”,
sendo considerado Herético, tendo que fugir para a Basileia, na Suíça.
Calvino foi citado como inspirador do discurso e teve que
fugir de paris, se refugiando em Angoulême na casa de um amigo, Louis du
Tillet, Cura de Claix (onde pregou de púlpito as Doutrinas da Reforma), mas que
depois abjurou o protestantismo, sendo nomeado Arcediago pelo Bispo de
Angoulême.
Foi na casa de Louis du Tillet que Calvino “ compôs grande
parte das Institutas da Religião Cristã”.
Abdica de seus direitos e deveres na Catedral de Notre-Dame
de Noyon, e por causa do “ Affaire des Placards”, o Caso dos Cartazes, quando “
foram afixados cartazes anticatólicos na noite de 17 para 18 de outubro de
1534, em Paris, e que teve como consequência o fim das políticas conciliadoras
do rei François I da França, que passou a perseguir os protestantes”, fugiu da
França indo se exilar na Basileia, onde já estava Cop, e onde pregava
livremente Johannes Oekolampad, ou Oekolampadius, um teólogo suíço.
Em março de 1536, Calvin publicou a primeira edição em latim
da Christianae Institutio Religionis, as Institutas da Religião Cristã, que
tinha o seguinte título:
Christianae religionis Institutio, totam fere píetatis
fummã, & quic quid eft in doctrina falutis cognitu neceffarium, conplectens:
amnibus pietatis itudioris lectu digniffimum opus, acre cens editum.
T.L.: Institutas da Religião Cristã, resumo quase completo
da piedade, abrangendo tudo que, quanto à doutrina da salvação, é necessário
conhecer; obra seleta e à altura de todos os estudiosos da vida piedosa,
recentemente publicada.
As Institutas da Religião Cristã é “ a referência primária
para o sistema de doutrinas adotado pelas Igrejas Reformadas, influenciando
também outras surgidas na Reforma ou em período próximo”.
“As ideias de Calvino são as bases para o conjunto de
doutrinas usualmente chamado de Calvinismo”.
As Institutas foram a princípio dedicadas a Francisco I, Rei
de França, que segundo consta não tomou conhecimento dela, mas um Princesa de
França, um Fille de France, além do que cunhada do Soberano, tomou, seu nome
Renée de France, filha de Luis XII, Rei de França, e de Ana, Duquesa da
Bretanha e Condessa de Montfort por Direito Próprio.
Renée de France, Duquesa de Chartres (Primeira criação em
1528, antes eram Condes de Chartres), Condessa de Gisors, Dame de Montargis,
Duquesa consorte de Ferrara, Modena e Reggio, por seu casamento com Hércules II
d’Este, Duque de Ferrara.
Os Duques de Ferrara mantinham uma das Cortes mais
brilhantes da Renascença em Ferrara onde recebiam intelectuais de toda a Europa
de diversos matizes religiosos, e “ até mesmo Calvino, que em março de 1536 a
visitou pregando para ela e diante da Duchessa consorte di Ferrara, Modena e
Reggio”.
Em 1541, Calvino traduziu as Institutas para o francês,
sendo ela o segundo Tratado Teológico que usou a língua francesa, pois o
primeiro foi “ o Comentário Pentateuco”, do Rabino Shlomo ben Itzhak HaTzarfat,
conhecido como Rachi de Troyes.
Como não podia deixar de ser, a Obra foi considerada
herética, e consequentemente rejeitada em sua totalidade pela Igreja Católica
Apostólica Romana.
Calvino, depois de Ferrara parte para Paris, “ com seu irmão
Antoine, para resolverem os assuntos de seu pai”.
“ Francisco I, Rei de França, emitiu o Édito de Coucy, de 16
de julho, 1535, acabando com a perseguição dos protestantes que se seguiu ao
discurso de Nicolas Cop no Collège de France, ou Collège royal, e ao do “
Affaire des Placards”, o Caso dos Cartazes. O Édito “libertou todos os presos,
e ofereceu anistia aos exilados, não esquecendo que a perseguição havia feito
vítimas – 24 foram executados, e mais de setenta fugiram, incluindo Cop e
Calvino - mas dava um período limitado de seis meses para os hereges de
conciliar com a fé católica”.
Calvino percebeu que não tinha futuro em seu pais natal, e
se pôs em marcha para Estrasburgo, Cidade Imperial livre no âmbito do Sacro
Império Romano e um refúgio para os reformadores.
Não conseguiu prosseguir viagem e foi para Genebra.
William Farel, residente na cidade, implorou a Calvino para
ajudá-lo em seu trabalho de reforma da Igreja local.
Eles apresentaram um trabalho intitulado “ Articles
concernant l'organisation de l'église et du culte à Genève” - Artigos relativos
à organização da igreja e de culto em Genebra.
“O Documento estabelecia a forma e periodicidade das
celebrações da Eucaristia, a razão e método da e para a excomunhão, a obrigação
de subscrever a confissão de fé, o uso do canto congregacional na liturgia, e a
revisão das leis de casamento. O Conselho aceitou o documento no mesmo dia”.
Mais, houve resistência do Conselho sobre alguns itens
posteriormente, e os dois foram obrigados a sair de Genebra.
Foram para Berna, Zurique e Basileia.
Depois Farel foi para uma Igreja no Neuchâtel, e Calvino
para uma Igreja em Estrasburgo, Cidade livre e autônoma do Sacro Império
Romano-Germânico, (em francês Strasbourg, em alemão Straßburg, pronúncia em
alsaciano Strossburi), na Alsácia, hoje França, onde se naturalizou, se tornou
cidadão.
Em Estrasburgo caiu doente, e os amigos insistiram para ele
casar.
A escolhida foi Idelette de Bure, nascida em Gueldres (em
neerlandês, Gelderland), província oriental dos Países Baixos, de uma família
famosa de Liége, foi a única esposa de Calvino. Foi uma grande auxiliadora do
ministério do marido, sendo muito ativa no serviço junto aso doentes e pobres
de Genebra. Seus filhos com Calvino não sobreviveram. Sem dizer a ninguém que estava doente faleceu
em 29 de março de 1549.
Sobre ela Calvino disse: “Durante sua vida, ela era um
ajudante fiel de meu ministério...e era a melhor amiga da minha vida ...”.
Enquanto isso Calvino continuava com suas obras religiosas,
como por exemplo “ comentário dos romanos”, que foi publicada em março de 1540,
além é claro do aperfeiçoamento das Institutas.
Jacopo Sadoleto, Cardeal presbitero di San Callisto, Cardeal
presbitero di Santa Balbina, Cardeal presbitero di San Pietro in Vincoli,
escreveu para o povo de Genebra, instando-os a retornar à Fé Católica.
O povo de Genebra pediu a Calvino para escrever a resposta
ao Cardeal, e ele o fez.
Em 13 de setembro de 1541, com uma escolta oficial, João
Calvino voltou para Genebra.
Agora casado e com a família.
Calvino e a família viviam de maneira simples numa grande
casa mobiliada de propriedade da Cidade de Genebra na rue des Chanoines.
Montmor, Cordier, Cop, Farel, Melanchthon, e Bullinger,
gozavam da amizade de Calvino.
Em Genebra, Suíça, Calvino organizou “ as Ordenanças
Eclesiásticas em 20 de novembro de 1541, ou seja:
1- Pastores para
pregar e administrar os sacramentos,
2- Doutores para
instruir crentes na fé,
3- Anciãos para
proporcionar disciplina,
4- Diáconos para
cuidar dos pobres e necessitados,
5- Um Consistório,
com cinco pastores e doze delegados,
6- Um tribunal
eclesiástico composto por anciãos leigos e pastores para assuntos religiosos.
“ O governo da cidade manteve o poder de convocar pessoas
perante o tribunal, e o Consistório poderia julgar apenas questões
eclesiásticas que não tenham jurisdição civil. Originalmente, o tribunal tinha
o poder de infligir penas, com a excomunhão como a sua pena mais severa. No
entanto, o governo contestou este poder e em 19 de março de 1543, o Conselho
decidiu que toda condenação seria realizada pelo governo”.
Calvino publica:
1- La Forme des
Prières et Chants Ecclésiastiques – A forma de orações e cantos eclesiásticos;
2- Le Catéchisme de
l'Eglise de Genève - Catecismo da Igreja de Genebra).
Em Genebra, Calvino pregou mais de dois mil sermões, sem
anotações e com uma duração média de uma hora.
Genebra Calvinista.
Mais, essa “ República Teocrática de Genebra” exerceu forte
repressão, tanto que “13 pessoas foram enforcadas, 10 decapitadas, e 35
morreram na fogueira”, e a oposição a Calvino cresceu.
“ Por volta de 1546, as forças descoordenadas fundiram-se em
um grupo identificável quem ele se referiu como os Libertinos, mas que preferia
ser chamado quer Spirituels ou Patriots. De acordo com Calvino, eram pessoas
que achavam que depois de ser libertado através “ Graça”, eles estavam isentos
de lei, tanto eclesiástica e civil. O grupo era composto por famílias ricas,
politicamente poderosos e inter-relacionadas de Genebra”.
Acusam Calvino de “ picard”, pois nasceu na Picardia, na
França, e “ um epíteto que denota o sentimento anti-francês”, de falso teólogo
que espalhava falsas doutrinas.
Esse sentimento anti-francês se devia a ocupação por
emigrados de França em alto cargos em Genebra. “ A 23 de setembro de 1547,
François Favre compareceu em tribunal por ter afirmado que Calvino se
autonomeara bispo de Genebra e que os franceses tinham escravizado a sua cidade
natal. Mais tarde, em 1548, um senhor chamado Nicole Bromet declarou que os
franceses deveriam ser todos colocados num barco e enviados pelo rio Reno
abaixo”.
Em 1547, Henrique II de França sucedeu a Francisco I.
Em 1550, a repressão dos huguenotes em França cresceu. A
Câmara Ardente (chambre ardente) um tribunal extraordinário que pronunciava
sentenças muito severas, geralmente a morte na fogueira, criada no reinado
anterior – de Francisco I- teve seus trabalhos ampliados na caça aos hereges,
principalmente aos Huguenotes, como eram chamados os protestantes franceses,
sendo a censura fortalecida.
Miguel Servet (em latim: Michaelis Servetus) (Villanueva de
Sigena, Espanha, 29 de setembro de 1511 — Genebra, 27 de outubro de 1553, com
42 anos), foi um cientista e reformador, primeiro a descrever a circulação
pulmonar, condenado a morrer na fogueira por suas ideias teológicas pelo
Conselho de Genebra. A relação entre Servet e Calvino inicia-se em 1553, quando
Servet publicou uma obra religiosa com exibições anti- trinitárias, intitulada
Restituição do Cristianismo, um trabalho que rejeitou a ideia de predestinação
e que Deus condenava almas para o inferno, independentemente do valor ou
mérito. Deus, insistiu Servet, não condenaria ninguém, Calvino, que havia
recentemente escrito o resumo de sua doutrina em Institutas da Religião Cristã,
considerou o livro de Servet um ataque a suas teorias, e enviou uma cópia de
seu próprio livro como resposta. Servet prontamente devolveu, cuidadosamente
anotando observações críticas. Servet escreveu a Calvino "eu não te odeio,
nem te desprezo, nem quero vos perseguir, mas eu gostaria de ser tão duro como
o ferro, quando eis que insultaste a doutrina com som e audácia tão grande."
As respostas de Calvino ficaram cada vez mais violentas, até
que ele parou de falar com Servet. Posteriormente Calvino demonstrou suas
opiniões sobre Servet, quando escreve ao seu amigo Guilherme Farel em 13 de
fevereiro de 1546:
“Servet acaba de me enviar um volume considerável dos seus
delírios. Se ele vir aqui (...), se minha autoridade valer algo, eu nunca lhe
permitiria sair vivo ("Si venerit, modo valeat mea autoritas, patiar
nunquam vivum exire").
Não saiu.
“ Em 13 de agosto de 1553, Servet passou em Genebra, e
quando ouvia um sermão de Calvino em Genebra e foi imediatamente reconhecido e
preso. Julgado e condenado.
“ Em 27 de outubro de 1553 a pena foi aplicada nos arredores
de Genebra com o que se acreditava ser a última cópia de seu livro acorrentado a
perna de Servet”.
“ Após o ocorrido Calvino escreveu:
Quem sustenta que é errado punir hereges e blasfemadores,
pois nos tornamos cúmplices de seus crimes (…). Não se trata aqui da autoridade
do homem, é Deus que fala (…). Portanto se Ele exigir de nós algo de tão
extrema gravidade, para que mostremos que lhe pagamos a honra devida,
estabelecendo o seu serviço acima de toda consideração humana, que não poupamos
parentes, nem de qualquer sangue, e esquecemos toda a humanidade, quando o
assunto é o combate pela Sua glória”.
É, pode ser...
“ Por volta de 1550, Calvino escreveu ao rei Eduardo VI de
Inglaterra, um protestante, encorajando-o nas suas reformas, que só viriam
durante o Reinado da irmã desde infeliz Soberano, a Rainha Elizabeth I, a
Gloriana”.
“ No movimento reformista, Lutero não concordou com o
"estilo" de reforma de João Calvino. Martinho Lutero queria reformar
a Igreja Católica, enquanto João Calvino acreditava que a Igreja estava tão
degenerada que não havia como reformá-la. Calvino se propunha a organizar uma
nova Igreja que, na sua doutrina (e também em alguns costumes), seria idêntica
à Igreja Primitiva. Já Lutero decidiu reformá-la, mas afastou-se desse
objetivo, fundando, então, o protestantismo, que não seguia tradições, mas
apenas a doutrina registrada na Bíblia, e cujos usos e costumes não ficariam
presos a convenções ou épocas. A doutrina luterana está explicitada no
"Livro de Concórdia", e não muda, embora os costumes e formas variem
de acordo com a localidade e a época”.
Fico com Calvino.
“ Entre 1553 e 1555, em Genebra, a relação tensa entre a
igreja - particularmente o consistório, onde Calvino era uma figura de relevo -
e as autoridades seculares da cidade, eleitas entre os habitantes (ricos) da
cidade, atingiu o seu auge”.
“ Por um lado, o zelo religioso dos Calvinistas, do outro, a
autoridade política da cidade. Em janeiro de 1555, houve uma procissão noturna
de pessoas em Genebra, caminhando de vela na mão, com a pretensão de
ridicularizar Calvino.
Apesar disso, e em parte por causa do peso relativo da
população protestante francesa que se tinha refugiado na cidade, as eleições
dos quatro novos "Syndics" de Genebra em fevereiro de 1555 é
favorável aos Calvinistas, que se impõem contra os "Enfants de
Genève" sob a liderança de Perrin. Após as eleições, porém, há desacatos
na rua entre as duas partes. Perrin e outros líderes da revolta são presos e
serão decapitados e esquartejados. Os pedaços dos cadáveres foram, depois,
exibidos nas ruas da cidade.
Também a doutrina da Predestinação foi muito atacada nestes
anos, principalmente por um monge carmelita chamado Hiérome Bolsec, nascido em
Paris, que se tinha estabelecido em Genebra. Argumentava que se Deus fosse o
responsável por tudo o que se passa, então, também seria responsável pelos
nossos pecados. Calvino responde que nunca disse isso e as autoridades
apoiam-no. Em Berna, os críticos de Calvino foram expulsos da cidade em 1555.
Université de Genève:
Fundada em 1559 por João Calvino, como a Academia de Genebra
(Académie de Genève), como um seminário teológico humanista, que obteve uma
importante influência. Em seguida, são ensinados a retórica, a dialética, o
hebraico e o grego antigo. Ela irá expandir posteriores suas disciplinas no
Iluminismo e tomar o nome de "universidade" em 1873, juntamente com a
criação da Faculdade de Medicina, que abriu em 1876.
Em 2009, a Universidade de Genebra (abreviado UNIGE ou às
vezes UNIGE ou UGE), uma universidade pública do Cantão de Genebra, celebrou o
seu 450º aniversário com um programa de eventos públicos.
Em 1559 Calvino, fundou uma escola e um hospital.
Em abril de 1559, foi assinado o pacto de paz entre a França
e a Espanha, em Cateau-Cambrésis.
Nos seus últimos anos de vida, a saúde de Calvino começou a
vacilar. Sofrendo de enxaquecas, hemorragia pulmonar, gota e pedras nos rins
foi, por vezes, levado carregado para o púlpito. Calvino continuava a ter
detratores declarados que lhe dirigiam ameaças constantes.
Entretanto, apreciava passar os seus tempos livres no lago
de Genebra, lendo as escrituras e bebendo vinho tinto. No fim de sua vida disse
a seus amigos que estavam preocupados com o seu regime diário de trabalho:
"Qual quê? Querem que o Senhor me encontre ocioso quando ele chegar?"
João Calvino morreu em Genebra a 27 de maio de 1564. Foi
enterrado numa sepultura simples e não marcada, conforme o seu próprio pedido
no Cimetière des Rois, Genebra na Suíça.
Fonte:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Calvino#O_discurso_de_Nicolas_Cop
Quero chamar atenção de que:
“Em 1555, são erguidas as primeiras igrejas calvinistas em
França, nomeadamente em Paris, Meaux, Angers, Poitiers e Loudun (uma cidade no
centro-oeste da França, localizada no departamento de Vienne na região
Aquitaine-Limousin-Poitou-Charentes) e nos três anos seguintes surgiram as
comunidades de Orleans, Rouen, La Rochelle, Toulouse, Rennes e Lyon.
Em 8 de junho de 1558, Calvino escreve a Antoine de Bourbon,
o rei de Navarra e consorte de Jeanne d'Albret, exortando-o a seguir na sua
vida privada os mesmos valores ascéticos que os seus súbditos.
Entre 26 e 29 de maio de 1559, realizou-se em Paris um
sínodo nacional protestante. Cerca de 30 paróquias aparecem aí representadas. O
sínodo foi responsável pela elaboração de um texto de linhas orientadoras (com
a participação de Calvino na sua criação), que se chamou Confession de La
Rochelle (texto confirmado nesta cidade em 1571) ”.
Da mesma Fonte.
O monumento na sua parte central representa os quatro
pioneiros da reforma Protestante vestidos com a capa de Genebra. Guilherme Farel
(1489 - 1565) é um dos instigadores da Reforma em Genebra, João Calvino (1509 -
1564) é a personagem chave desse movimento, Teodoro de Beza (1513 - 1605) foi
reitor da Academia de Genebra e João Knox (1513 - 1572) foi o fundador do culto
presbiteriano na Escócia. No pedestal onde se encontram estas estátuas está
gravado o Cristograma: ΙΗΣ. No monumento também se vê a divisa de Genebra :
Post Tenebras Lux (Depois das trévas, a luz).
De um lado e do outro das quatro figuras estão representadas
as grandes figuras protestantes dos diferentes países calvinistas e outros
temas fundadores do movimento:
Á esquerda; o almirante Gaspar II de Coligny (1519 – 1572)
pela França, Guilherme I de Orange (1533 – 1584) pela Holanda e Frederico
Guilherme I de Brandemburgo (1620 – 1688), protetor dos refugiados huguenotes
pela Alemanha.
Á direita; Roger Williams (1603 – 1684) pela Nova
Inglaterra, Olivier Cromwell (1599 – 1658) pela Grã-Bretanha e István Bocskay
(1557 – 1606) pela Hungria.
Em cada extremidade; duas estelas lembram Martinho Lutero,
uma das figuras centrais do protestantismo, e Ulrico Zuínglio, um dos homens
que converteu a Suíça ao protestantismo
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